Lembro-me que certa vez, ainda na infância, havia acabado de assistir a uma propaganda dos episódios em VHS do Comando Estelar Flashman, um dos vários super sentais que passavam na televisão na época, quando meu pai chegou em casa com o nosso primeiro aparelho de videocassete. Empolgado com a propaganda, perguntei se o filme que ele trazia junto, recém-alugado para testar o aparelho, era alguma das fitas dos Flashman. “Não, eu trouxe algo melhor.”
“Robocop!”
Embora minha curta atenção infantil além da incapacidade natural de ficar quieto muito tempo tenham me impedido à época de apreciar o filme direito, é claro que ele ficou em minha memória, tanto que hoje tenho uma cópia em DVD dele e o considero um dos meus filmes favoritos da década de 1980.
Então, quando soube que José Padilha, diretor dos dois melhores filmes policiais brasileiros que conheço (Tropa de Elite 1 e 2), havia sido escolhido para dirigir o remake, é claro que eu fiquei bastante empolgado.
E, francamente, apesar de ser um filme bastante diferente dos Tropas de Elite em estilo e conteúdo, o Robocop de José Padilha é uma excelente, ainda que imperfeita, reimaginação do personagem e sua história.
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