Review: Território Fantasma de William Gibson

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Desde que li Neuromancer, anos atrás, procurei comprar todos os livros do autor, William Gibson, que via serem publicados aqui no Brasil. Apesar de ter adorado Neuromancer, até agora nenhuma de suas demais obras me impressionou tanto quanto a primeira.

E Território Fantasma não é exceção.

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Review: Goldfinger de Ian Fleming

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Goldfinger de Ian Fleming é, talvez, o livro que menos capturou meu interesse até o momento sobre James Bond. Isso fez com que eu levasse meses para lê-lo, frequentemente preferindo outros entretenimentos a retomar a leitura no dia a dia. Os estilo narrativo de Fleming continua ali presente, mas a trama e os personagens, de alguma maneira, pareceram-me menos empolgantes e astutos que o habitual. O que é bastante inesperado, visto que esse é considerado um dos melhores livros de Fleming e, também, o que contém alguns dos personagens ditos mais memoráveis, Goldfinger, Oddjob e Pussy Galore.

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Review: Viva e Deixe Morrer de Ian Fleming

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Viva e Deixe Morrer é o segundo livro escrito por Ian Fleming estrelando seu famoso personagem James Bond e também o quarto livro da série que leio. Uma narrativa empolgante, ainda que, de certa maneira, simples e com as tradicionais marcas registradas do personagem: lugares exóticos, bebidas exóticas, culinárias exóticas, mulheres exóticas, vilões exóticos e uma forte carga de estereótipos raciais e machistas que acabam por envelhecer o romance bem mais do que gostaria.

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Review: O Último Desejo de Andrzej Sapkowski

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O Último Desejo, do polonês Andrzej Sapkowski, é o primeiro de vários livros do autor a respeito de seu personagem Geralt de Rívia. O livro é uma coletânea de seis contos intermediados por um sétimo, que provê um fio narrativo que une as histórias em um só contexto, além de prover comentários extras dos próprios personagens a respeito dessas aventuras isoladas.

Conheci o personagem em 2007, através do RPG eletrônico The Witcher, do qual gostei bastante, e fiquei um tanto surpreso de descobrir que os livros vinham sendo publicados aqui nos anos mais recentes também. Tenho também a continuação do jogo, a qual, lamentavelmente ainda não joguei além dos primeiros minutos e ainda neste primeiro semestre o terceiro jogo deverá sair.

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Primeiras Impressões: The Complete Chronicles of Conan: Centenary Edition de Robert E. Howard

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Conheci Conan, o personagem de Robert E. Howard, ainda na infância, quando meu pai me comprou uma reedição do gibi A Espada Selvagem de Conan, nº1. Lembro-me que o que me deixou mais confuso com a história era que a espada de Conan se quebrava ao longo dela (obviamente deixando claro que eu interpretei o título como indicação de que o bárbaro possuísse algum tipo de espada mística superpoderosa). Depois, voltei a encontrar o personagem em um outro gibi da Marvel Comics, o bizarro “O que aconteceria se Wolverine enfrentasse Conan, o Bárbaro.” Eventualmente, os estranhos desenhos animados baseados no personagem e também os filmes estrelados por Arnold Schwarzenegger (que são, aliás, uma adaptação bem livre do personagem) chegaram até mim também.

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Review: RoboCop

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Lembro-me que certa vez, ainda na infância, havia acabado de assistir a uma propaganda dos episódios em VHS do Comando Estelar Flashman, um dos vários super sentais que passavam na televisão na época, quando meu pai chegou em casa com o nosso primeiro aparelho de videocassete. Empolgado com a propaganda, perguntei se o filme que ele trazia junto, recém-alugado para testar o aparelho, era alguma das fitas dos Flashman. “Não, eu trouxe algo melhor.”

“Robocop!”

Embora minha curta atenção infantil além da incapacidade natural de ficar quieto muito tempo tenham me impedido à época de apreciar o filme direito, é claro que ele ficou em minha memória, tanto que hoje tenho uma cópia em DVD dele e o considero um dos meus filmes favoritos da década de 1980.

Então, quando soube que José Padilha, diretor dos dois melhores filmes policiais brasileiros que conheço (Tropa de Elite 1 e 2), havia sido escolhido para dirigir o remake, é claro que eu fiquei bastante empolgado.

E, francamente, apesar de ser um filme bastante diferente dos Tropas de Elite em estilo e conteúdo, o Robocop de José Padilha é uma excelente, ainda que imperfeita, reimaginação do personagem e sua história.

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Review: Máquina de Armas de Warren Ellis

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Comprei Máquina de Armas (Gun Machine) de Warren Ellis recentemente por duas razões, a primeira, porque Ellis é um dos mais aclamados roteiristas de quadrinhos da atualidade e a segunda, porque eu vinha lendo uma série de livros de ficção policial, alguns ambientados no passado e outros em um futuro distante. Logo, decidi que seria divertido ler algo do gênero que se passasse no presente.

O resultado é, bom, mediano.

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Review: O Sol Desvelado de Isaac Asimov

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Com o sucesso de As Cavernas de Aço, Isaac Asimov acabou escrevendo uma continuação direta, O Sol Desvelado (The Naked Sun). Sendo um romance de mistério de tema similar, “quem é o assassino?”, e estrelado pelos mesmos dois protagonistas do romance anterior, a aventura agora acontece em um dos muitos mundos siderais mencionados no primeiro livro, Solaria, um verdadeiro extremo oposto social e cultural da Terra apresentada anteriormente.

Meses depois de ter resolvido o assassinato do primeiro livro, o recém-promovido – em status social – detetive Elijah Baley é convidado pelos siderais a viajar a Solaria para resolver um novo assassinato misterioso de uma figura importante para a sociedade do planeta. Embora não deseje ir, o detetive é obrigado por seus superiores a aceitar o convite, pois planejam usar a oportunidade para aprender mais sobre os mundos siderais. Ao chegar no novo mundo, Baley logo descobre que Robô Daneel Olivaw foi mais uma vez designado para ser seu parceiro e se passar por um humano diante da população local.

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Review: A Revolta de Atlas de Ayn Rand

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A Revolta de Atlas (Atlas Shrugged, no original) é um romance de Ayn Rand, seu último e considerado por ela sua obra-prima. Ambientado em um mundo distópico, onde o comunismo, controlado por “saqueadores”, venceu e os Estados Unidos dão seus últimos suspiros capitalistas enquanto veem seus grandes industriais e figuras pensantes públicas desaparecerem sem deixar vestígio; o livro conta a história de Dagny Taggart, herdeira e vice-presidente de uma companhia ferroviária transcontinental. Seus amores, sua luta constante para tentar salvar suas ferrovias enquanto os “saqueadores” tentam destruí-la e também sua investigação e luta pessoal para descobrir quem ou o quê está fazendo seus pares, isto é, os grandes industriais e pensadores americanos, sumirem sem deixar vestígios. E por todo lugar, a pergunta “Quem é John Galt?” pontua e simboliza a falta de interesse e conhecimento das pessoas sobre o que acontece ao seu redor.

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Review: As Cavernas de Aço de Isaac Asimov

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De acordo com a introdução presente em sua edição brasileira mais recente, As Cavernas de Aço (The Caves of Steel) de Isaac Asimov, foi escrito seguindo uma sugestão do editor Horace Gold: escrever um mistério de assassinato em um mundo superpopulado onde um detetive humano e seu parceiro robô tentam desvendá-lo. Motivado pela ideia de Gold e pela lembrança de que o editor John Campbell sempre afirmara que um mistério de ficção científica “era um contrassenso; que os avanços da tecnologia poderiam ser usados para tirar os detetives de apuros de um modo injusto e que, portanto, os leitores seriam ludibriados”, Asimov escreveu o que ele definiu como clássica história de mistério, mas que ainda fosse uma verdadeira história de ficção científica.

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